sexta-feira, 15 de julho de 2011

ANTES QUE A FESTA COMECE...

....JUNHO SE FOI LEVANDO ALEGRIAS E TRISTEZAS

Antes de entrar de cabeça na Festa do Capelinhense Ausente e no Galpão Cultural, não poderia deixar de registrar alguns momentos vividos no final do mês de junho.

O primeiro deles, foi a visita feita no dia 22 de junho por algumas turmas dos ciclos iniciais do ensino fundamental da E.E. Cel. Coelho, de Capelinha, à cidade Veredinha. O objetivo da visita das turmas das professoras Nádia Chácara, Geiza Sampaio e Inês Carvalho, coordenadas pela supervisora Thaísa Fernandes, era complementar os estudos sobre “A Cultura de Minas Gerais”, conteúdo da disciplina de História.

A criançada visitou a Santinha que fica logo na chegada da cidade e depois se dirigiram ao Centro Cultural para ouvir uma palestra sobre a cultura do Vale do Jequitinhonha quanto aos corais, feita por mim. Além de falar da cultura do Vale e explanar sobre a origem da palavra “Jequitinhonha, ainda houve tempo para contar um pouco da história do Coral Vozes das Veredas.

Em seguida, dona Maria das Graças, bordadeira da Associação de Artesãos de Veredinha-ARTVER, explanou sobre os processos pelos quais passa o algodão desde a fiação até o bordado.

Além disso, o Coral e Banda de Música local fizeram apresentações musicais para os alunos para logo depois ser oferecido um delicioso almoço.

Há de se destacar o carinho a receptividade tanto dos alunos  da E.E. Antônio Fernandes de Oliveira quanto das demais instituições e até mesmo dos moradores de Veredinha.

Em breve, a E.E. Cel. Coelho receberá os alunos de Veredinha para uma visita em Capelinha.

Maurício Tizumba, Tadeu Oliveira e Pedro Morais
Outro momento marcante no mês de junho foi acompanhar a Festa de Nossa Senhora do Rosário em Minas Novas. Tive a oportunidade de reencontrar vários amigos como Dalton Magalhães, pai do cantor e compositor Pedro Morais. Falando no Pedro, ele também esteve por lá e fez um show belíssimo.

Rubinho do Vale e mestre Antônio Bastião
Arlindo Maciel, Maurício Tizumba e Rubinho do Vale também marcaram presença e tive a oportunidade de colocar a prosa em dia. Tizumba me deu uma aula sobre congado que jamais esquecerei. Outra figura ímpar da cultura local, o mestre dos tambores Antônio Bastião, também estava lá com a turma do Congado de São Benedito.

No dia 24 de junho, dia de São João Batista e dia do cortejo do Rei, o coral Vozes das Veredas estava lá a convite do festeiro José Pinheiro Torres Neto. Porém, um fato muito triste aconteceu justamente no momento em que o coral se preparava para receber o cortejo cantando. A mãe do festeiro, dona Maria Floraci Maciel Pinheiro, veio a falecer minutos antes, deixando todos muito consternados e muito tristes.

José Pinheiro Torres Neto e sua esposa Flávia Mota
Ainda assim, naquele momento de dor pungente, a família optou por dar continuidade à programação prevista para aquele dia. Confesso que foi um dos momentos mais difíceis que passei junto com o Coral Vozes das Veredas, pois nunca havíamos cantado num ambiente em que a tristeza se fazia presente. Diante de tamanha dignidade do festeiro e de seus familiares, o Coral Vozes das Veredas subiu ao palco e prestou uma belíssima homenagem a dona Maria Floraci.

Aproveito uma vez mais para deixar o meu abraço e as minhas condolências a minha querida amiga Cibele Maciel e ao José  Pinheiro, rogando a Deus que dê a todas família Maciel Pinheiro a força necessária para superar tão doloroso acontecimento.

Não podia deixar de registrar a generosidade do violeiro Osmar Lins que, gentil e amavelmente, abriu as portas de sua casa para que eu pudesse me hospedar.

E para finalizar, nos dias 29 e 30 de junho, participei da  Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sutentável de Minas Gerais, realizada no Hotel Aranãs, em Capelinha, a convite do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Capelinha e Angelândia. Além de ter tido a oportunidade de conhecer e aprender um pouco mais sobre temas importantes para a vida, também foi um momento de reencontro. Nesse evento, tive o prazer de reencontrar com Mártin Kuhne, o alemão mais brasileiro que já conheci e que reside num paraíso chamado São Gonçalo do Rio das Pedras, após 21 anos de tê-lo conhecido.

Conversar com Mártin é um prazer incomensurável. Com ele aprendi muita coisa apenas numa pequena frase que me disse quando o vi, há 21 anos, molhando um enorme jardim com uma canequinha, indo e voltando. Eu questioná-lo porque não pegava uma vasilha maior, um balde ou um regador ele me respondeu: "Eu não tenho regras". Esta frase e sua atitude ecoou dentro de mim por todos esses anos. Mas isso é uma longa história.

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