Antes e após os clássicos disputados entre o Cruzeiro e o Atlético, ouve-se sempre notícias sobre confrontos de torcedores e não são raras as vezes que há morte de pessoas, a maioria jovens.
Enquanto as autoridades tentam coibir a violência adotando atitudes como a torcida única nos clássicos, principalmente após o fechamento do Mineirão para a reforma visando a Copa de 2014, e o aumento do contingente de policiais nos pequenos estádios utilizados atualmente, ainda assim tais procedimentos têm sido insuficientes para coibir os atos de violência provocados por inescrupulosos. Basta ouvir as resenhas esportivas pelos rádios ou abrir os jornais um dia após o clássico para a gente se dar conta de tanta barbaridade.
Felizmente, ainda encontramos atitudes interessantes por esse Brasil afora que poderiam ser copiadas pelos torcedores das organizadas. É o caso de Cássio, funcionário dos Corrreios em Turmalina, que trabalhou algum tempo aqui em Capelinha. Cássio é atleticano roxo, como dizem por aí. E como todo atleticano que se preze, tem paixão pelo preto e branco e aversão pela cor celeste. Mas Cássio é protagonista de algo inusitado.
Foto: Revista Q Público-Julho de 2010 |
O seu time de coração na cidade de Turmalina, o Saudade F. C. que sagrou-se o campeão da cidade no ano passado ao disputar o campeonato de bairros promovido pela Secretaria Municipal de Esportes de Turmalina, tem as cores do seu uniforme em azul e branco.
Foto: Tadeu Oliveira |
Cássio resolveu o problema de uma forma muito interessante. A torcida organizada do Saudade, cuja camisa é branca com detalhes em azul na lateral até debaixo das axilas e escudo também azul, para tê-lo nas arquibancadas incentivando o time teve que abrir uma exceção. Cássio só admitia vestir a camisa desde que ela tivesse algum detalhe preto. Então, sua camisa é branca e ao invés do tradicional azul no detalhe lateral, a mesma foi confeccionada em preto. E assim, ele encontrou um jeito de torcer para um time azul sem perder a sua identidade alvinegra.
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