Prestes a completar 20 anos de carreira, o compositor, instrumentista e produtor musical Flávio Henrique, lança nessa segunda-feira, 2 de julho, seu mais novo trabaho, o disco ZELIG. A noite de autógrafos acontece a partir das 19 horas, no bar cultural Balaio de Gato.
Em seu mais recente disco, Flávio Henrique se dedicou aos parceiros, músicos e intérpretes da nova geração, são treze canções de ritmos diversos, e vários convidados da novíssima geração da música de Belo Horizonte, como Juliana Perdigão, Thiago Delegado, Brisa Marques, Kristoff Silva, José Luís Braga, Elisa Paraíso, Laura Lopes, César Lacerda, Vitor Santana, Pablo Castro, Marcos Frederico, Lucas Avelar, Makely Ka e seus parceiros do grupo vocal Cobra Coral: Pedro Morais, Kadu Vianna e Mariana Nunes.
Com oito discos gravados e vários prêmios no currículo, Flávio é um dos mais atuantes e requisitados músicos mineiros. Tem mais de 150 canções gravadas, e é parceiro de grandes artistas, como: Milton Nascimento, Márcio Borges, Chico Amaral Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Vander Lee, Toninho Horta, Murilo Antunes e muitos outros. Já produziu e arranjou mais de 30 CDs de grandes nomes da música mineira.
No dia 21 de junho, recebi das mãos de Flávio Henrique o disco ZELIG e no próximo programa Canta Minas, domingo, 8 de julho, farei o lançamento do mesmo na Rádio Aranãs FM.
Fonte: Rádio Inconfidência - Brasileiríssima FM 100,9
Leia mais sobre o lançamento do CD ZELIG.
EM ZELIG, FLÁVIO HENRIQUE FAZ UMA PONTE COM A NOVA GERAÇÃO
Compositor critica a elitização da MPB e cai no samba e no choro
Ailton Magioli - EM Culura
O compositor Flávio Henrique deixa de lado a zona de conforto e se arrisca com novos parceiros e estilos |
Depois de passar por aquela que hoje é considerada a casa da chamada MPB – a gravadora carioca Biscoito Fino, pela qual lançou o mais recente CD, Pássaro pênsil–, Flávio Henrique, de 43 anos, se junta à nova geração de autores e intérpretes mineiros para lançar Zelig, o oitavo e surpreendente disco de carreira, independente. “O meu lugar não era ali, onde me senti desconfortável diante da obrigação de dar continuidade à MPB, que está se tornando muito elitizada”, justifica o cantor, compositor e instrumentista, admitindo que a cultuada MPB está se afastando do público.
“Do Clube da Esquina também já tenho certo desprendimento”, diz Flávio Henique, ao anunciar que artisticamente interessa a ele experimentar. Para entender sua postura, aconselha o interessado a recorrer a Ímpar, a nona faixa do novo CD, parceria com César Lacerda. “Não me acomodo na beleza da canção/ Me reconheço em minha própria imperfeição”, anunciam os versos da composição, no disco interpretada por Kristoff Silva. Em noite de autógrafos hoje, a partir das 19h, no Bar Cultural Balaio de Gato, Flávio recebe o público com as novidades.
“Com Ímpar quis dizer mesmo o que poderia ser visto como imperfeição do meu trabalho. Zelig não tem uma linha musical definida, o que pode parecer uma fragilidade artística. Neste momento de carreira, achei mais interessante experimentar, trabalhar com letras mais leves”, acrescenta Flávio Henrique. O músico divide o CD coletivo com jovens parceiros como Vitor Santana, Thiago Delegado, César Lacerda, Marcos Frederico, Kadu Vianna e Brisa Marques – a mais constante dos últimos tempos –, além de Zé Luís Braga (Graveola e o Lixo Polifônico), Lucas Avelar, Juliana Perdigão, Pedro Morais, Pablo Castro, Mariana Nunes, Lenora Weismann e Laura Lopes, entre outros.
O próprio título do disco, inspirado no personagem da comédia de Woody Allen, já diz tudo. No filme, Leonard Zelig é o que se costuma chamar de camaleão humano, um homem que tem a capacidade de transformar sua aparência na das pessoas com as quais convive. “Quando fui compor com o Thiago Delegado, por exemplo, fui mais disposto a entrar na onda dele do que trazê-lo para a minha”, compara. “Na hora de ter a Juliana Perdigão cantando, também pensava em fazer algo com a cara dela.” Em resumo, o compositor diz que entrou no universo da nova geração musical belo-horizontina.
CONECTADO
O namoro com a turma surgiu há cerca de oito anos, via Conexão Telemig Celular, da qual foi curador. Depois de um processo de seleção que passava por cerca de 700 inscritos em todo o estado, ele era responsável por produzir disco com os vencedores. “Conheci, por exemplo, Aline Calixto, quando ela ainda morava na Zona da Mata (Viçosa), além do Thiago Delegado e Marcos Frederico, na época no Grupo Siricotico”, recorda.
Ainda em 1996, ele também criaria o próprio estúdio, que se transformou em canal de contatos artísticos. Data da época a relação dele com Kadu Vianna, Mariana Nunes e Vitor Santana. Das novas parcerias, ele destaca em especial quatro nomes: César Lacerda, Laura Lopes, Zé Luiz Braga e Brisa Marques, do Graveola. A última, que comparece em seis das 13 faixas de Zelig, ganhou destaque, segundo Flávio Henrique, exatamente pelo volume de produção. “A nossa afinidade musical é muito grande”, reconhece.
“No primeiro momento, ouvi um samba-canção (Samba em minúsculas) que Brisa fez com Vitor Santana e achei que era Fernando Pessoa, de tão elaborada que é a letra dela”, elogia a jovem parceira, com a qual ele fez quatro músicas, gravadas por Vitor Santana no disco Beirute. Hoje, Flávio e Brisa contabilizam cerca de 20 composições. “Ela é infalível, nunca faz música de mão vazia. Sempre compomos juntos”, comemora o artista, que diz sentir-se atraído pela nova geração principalmente pela ligação que essa mantém com o samba e o choro.
O show de lançamento de Zelig está previsto para o segundo semestre. Enquanto isso, Flávio viaja com o grupo vocal Cobra Coral, cujo primeiro disco será lançado em setembro. No rádio, Zelig já vem sendo puxado pelo samba Gardenal, da parceria com Thiago Delegado e Brisa Marques, gravado por Juliana Perdigão, e a divertida canção Para Rita Cadillac, também com Brisa, na voz Pedro Morais.
SERVIÇO
ZELIG
Noite de autógrafos do CD do cantor, compositor e instrumentista Flávio Henrique. Hoje, 19h, no Bar Cultural Balaio de Gato, Rua Piauí, 1.052, Funcionários. O disco será vendido no local a R$ 25. Entrada franca.
Fonte: Caderno EM Cultura - Jornal Estado de Minas, 02/07/2012