Virada Cultural de BH quer tirar 50 mil pessoas de casa. Programação começa às 17h de sábado e vai até às 19h de domingo
Foto: Alonso Martinez/Divulgação |
Neste
sábado e domingo, o público terá à disposição seis palcos oficiais e outros
dois montados por parceiros. Praticamente todos os equipamentos dedicados à
arte na capital – incluindo os 15 centros administrados pela Fundação Municipal
de Cultura (FMC) – participarão da Virada, que priorizará o talento de artistas
locais.
O
roteiro traz de tudo um pouco: de cortejos de maracatu, que vão marcar a
abertura amanhã à tarde, na Avenida Afonso Pena, ao show de Wagner Tiso e Som
Imaginário, domingo, no Palácio das Artes, passando por Elba Ramalho, Demônios
da Garoa e Pato Fu.
Serão
mais de 400 atrações das áreas de música, teatro, dança, circo, cinema,
literatura, artes plásticas, moda e gastronomia. Simone Dutra, diretora de ação
cultural da FMC, conta que a composição da grade veio de inscrições feitas no
site da Virada (foram 1.302), além de outras fontes, como a programação
associada de parceiros como Palácio das Artes, Funarte MG, Sesc Palladium, Cine
Theatro Brasil-Vallourec, Circuito Cultural Praça da Liberdade, BDMG Cultural,
Fumec e Espaço 104, entre outros.
As
parcerias viabilizaram tanto projetos contemplados pela Lei Rouanet, como o
convite da paulista Orquestra Sinfônica Arte Viva à cantora Elba Ramalho para
um concerto em homenagem a Dominguinhos (1941 – 2013), quanto da contrapartida
da lei municipal de cultura e do edital Cena Música. Simone Dutra espera ver 50
mil pessoas circulando pelos vários pontos do evento, orçado em R$ 1,2 milhão.
Os recursos são oriundos da FMC, Belotur, SLU e BHTrans, além do investimento
de parceiros.
A
ideia é fazer da Virada Cultural de Belo Horizonte um evento anual e
descentralizado, sempre em setembro, no Hipercentro da capital. “A ideia é
oferecer uma festa a mais abrangente possível para a cidade”, explica Simone
Dutra.
Encontro de gerações
De
olho no potencial da Virada Cultural, Wagner Tiso planeja atrair várias
gerações ao show do grupo Som Imaginário, que ele integra ao lado de Nivaldo
Ornelas, Robertinho Silva, Luiz Alves, Tavito e Victor Biglione. Criada nos
anos 1970, a
banda se destacou ao lado de Milton Nascimento, separou-se e voltou aos palcos
recentemente.
“Durante
as apresentações, tenho visto o pessoal de cabeça branca chorando, enquanto os
mais novos se divertem com o nosso jazz-rock”, afirma o emocionado maestro,
arranjador e compositor. O Som Imaginário se distingue por um rock pesado que
prima por caminhos harmônicos, condizentes com a tradição mineira, define
Wagner.
“Representamos
a maneira mais mineira de fazer rock”, resume o sócio fundador do Clube da
Esquina, ao lembrar que o grupo funde música erudita, jazz, regional e rock
progressivo. Domingo à noite, no Palácio das Artes, o show de 90 minutos
privilegiará arranjos instrumentais do disco Matança do porco, considerado o
“mais progressivo” do Som Imaginário, além de composições de álbuns anteriores:
Feira moderna, Casa no campo e Hey man , por exemplo. Inéditas, de acordo com o
Wagner Tiso, só quando o grupo gravar o novo CD/DVD. O que ocorrerá em breve.
WAGNER
TISO E SOM IMAGINÁRIO
Domingo,
às 19h. Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400.
Inteira: R$ 50, R$ 60 e R$ 70.
Para Dominguinhos
Foto: Daniel Ebendinger/Divulgação |
Elba
teve o prazer de gravar 31 músicas do amigo ao longo de sua carreira. No
concerto, sob regência do maestro Amilton Godoy, ela vai privilegiar o
repertório de Baião de dois, disco gravado em 2005 com o qual homenageou o amigo.
A
cantora revela que gosta de se apresentar com orquestras não só pela
grandiosidade e complexidade da sonoridade, mas pelo desafio. “Já participei de
óperas e concertos. Felizmente, o resultado é sempre muito bom”, avalia,
lembrando que o formato tem suas pecularidades. “Devo respeitar o público e a
orquestra”, conclui Elba Ramalho.
ELBA
RAMALHO E ORQUESTRA SINFÔNICA ARTE VIVA
Sábado,
às 19h. Praça da Estação, Centro.
Entrada franca.
Fab Four na praça
Prestes
a embarcar para Los Angeles (EUA) – onde vai gravar participação na trilha
sonora de Rio 2, a
nova animação de Carlos Saldanha –, o grupo Uakti levará o repertório dos
Beatles para a Virada Cultural de Belo Horizonte.
Lançado
no ano passado, o disco Uakti Beatles vem chamando a atenção de público e
crítica pela pérolas do quarteto de Liverpool na interpretação sui generis dos
mineiros, que constroem seus instrumentos com tubos de PVC, cabaças e tambores
d’água.
Criados
por Marco Antônio Guimarães com o auxílio de Artur Andrés, Paulo Santos e Décio
Ramos, o instrumental do Uakti atrai a atenção internacional por sua
peculiaridade.
“A
oportunidade de atingir um público diferente daquele que nos acompanha nos
teatros é ótima”, comemora o percussionista Paulo Santos. De acordo com ele, a
plateia é sempre parceira importante nas praças. Principalmente na hora de
tocar clássicos como Get back, Julia, Lucy in the sky with diamonds e Come together.
UAKTI
Sábado,
às 20h. Praça Floriano Peixoto,
Bairro
Santa Efigênia. Entrada franca.
Clique
a veja a programação completa
CONFIRA
DESTAQUES DA VIRADA CULTURAL (Clique sobre a imagem para ampliá-la):
Fonte: Caderno Divirta-se, jornal Estado de Minas, 13/09/2013.