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Há mais 26 anos , apresento um programa de rádio intitulado "Canta Minas", na rádio Aranãs FM, de Capelinha MG, com enfoque para a música mineira em todas suas vertentes. Sempre fui apaixonado por música e rádio. Assim sendo, tomei a iniciativa de criar este blog com a finalidade de divagar um pouco sobre as minhas impressões durante os mais de 20 anos de programa. Além da música também sou apaixonado por História e Literatura. Aqui, publicarei crônicas, causos e outras lorotas a respeito de tudo que tenho vivido nesse pedaço de chão que é o Vale do Jequitinhonha. E como não pode deixar de ser, também escrevo sobre a minha querida terra natal, Corinto, e outras vivências pelo mundo afora que me ajudaram a construir uma história de gente comum, sem heroísmos, no entanto carregada pelos "sinais de humanidade"!!! Abraços Gerais!!!

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

VEM PRA RUA: VIRADA CULTURAL DE BH

Virada Cultural de BH quer tirar 50 mil pessoas de casa. Programação começa às 17h de sábado e vai até às 19h de domingo

Foto: Alonso Martinez/Divulgação

 Que tal curtir a maratona cultural de 24 horas ininterruptas, cuja diversidade de atrações tem tudopara agradar a todo mundo? Instituída por lei municipal, a Virada Cultural de Belo Horizonte estreia no fim de semana com a expectativa de atrair cerca de 50 mil pessoas.

Neste sábado e domingo, o público terá à disposição seis palcos oficiais e outros dois montados por parceiros. Praticamente todos os equipamentos dedicados à arte na capital – incluindo os 15 centros administrados pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) – participarão da Virada, que priorizará o talento de artistas locais.
O roteiro traz de tudo um pouco: de cortejos de maracatu, que vão marcar a abertura amanhã à tarde, na Avenida Afonso Pena, ao show de Wagner Tiso e Som Imaginário, domingo, no Palácio das Artes, passando por Elba Ramalho, Demônios da Garoa e Pato Fu.

Serão mais de 400 atrações das áreas de música, teatro, dança, circo, cinema, literatura, artes plásticas, moda e gastronomia. Simone Dutra, diretora de ação cultural da FMC, conta que a composição da grade veio de inscrições feitas no site da Virada (foram 1.302), além de outras fontes, como a programação associada de parceiros como Palácio das Artes, Funarte MG, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil-Vallourec, Circuito Cultural Praça da Liberdade, BDMG Cultural, Fumec e Espaço 104, entre outros.

As parcerias viabilizaram tanto projetos contemplados pela Lei Rouanet, como o convite da paulista Orquestra Sinfônica Arte Viva à cantora Elba Ramalho para um concerto em homenagem a Dominguinhos (1941 – 2013), quanto da contrapartida da lei municipal de cultura e do edital Cena Música. Simone Dutra espera ver 50 mil pessoas circulando pelos vários pontos do evento, orçado em R$ 1,2 milhão. Os recursos são oriundos da FMC, Belotur, SLU e BHTrans, além do investimento de parceiros.

A ideia é fazer da Virada Cultural de Belo Horizonte um evento anual e descentralizado, sempre em setembro, no Hipercentro da capital. “A ideia é oferecer uma festa a mais abrangente possível para a cidade”, explica Simone Dutra.

Encontro de gerações

De olho no potencial da Virada Cultural, Wagner Tiso planeja atrair várias gerações ao show do grupo Som Imaginário, que ele integra ao lado de Nivaldo Ornelas, Robertinho Silva, Luiz Alves, Tavito e Victor Biglione. Criada nos anos 1970, a banda se destacou ao lado de Milton Nascimento, separou-se e voltou aos palcos recentemente.

“Durante as apresentações, tenho visto o pessoal de cabeça branca chorando, enquanto os mais novos se divertem com o nosso jazz-rock”, afirma o emocionado maestro, arranjador e compositor. O Som Imaginário se distingue por um rock pesado que prima por caminhos harmônicos, condizentes com a tradição mineira, define Wagner.

“Representamos a maneira mais mineira de fazer rock”, resume o sócio fundador do Clube da Esquina, ao lembrar que o grupo funde música erudita, jazz, regional e rock progressivo. Domingo à noite, no Palácio das Artes, o show de 90 minutos privilegiará arranjos instrumentais do disco Matança do porco, considerado o “mais progressivo” do Som Imaginário, além de composições de álbuns anteriores: Feira moderna, Casa no campo e Hey man , por exemplo. Inéditas, de acordo com o Wagner Tiso, só quando o grupo gravar o novo CD/DVD. O que ocorrerá em breve.  

WAGNER TISO E SOM IMAGINÁRIO

Domingo, às 19h. Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Inteira: R$ 50, R$ 60 e R$ 70.


Para Dominguinhos

Foto: Daniel Ebendinger/Divulgação
A oportunidade de homenagear Dominguinhos, falecido em julho, faz Elba Ramalho se emocionar. “A falta dele é imensa. Dominguinhos era um dos maiores músicos da nossa história: virtuoso, com sensibilidade gigantesca, capaz de compor todos os tipos de canção. Acho injusto se referirem a ele apenas como forrozeiro. Esse gênio nos deixou o legado de mais de 500 composições e parcerias com Chico Buarque, Djavan, Gilberto Gil, Anastácia, Nando Cordel e tantos outros grandes autores”, afirma a cantora.
Elba teve o prazer de gravar 31 músicas do amigo ao longo de sua carreira. No concerto, sob regência do maestro Amilton Godoy, ela vai privilegiar o repertório de Baião de dois, disco gravado em 2005 com o qual homenageou o amigo.

A cantora revela que gosta de se apresentar com orquestras não só pela grandiosidade e complexidade da sonoridade, mas pelo desafio. “Já participei de óperas e concertos. Felizmente, o resultado é sempre muito bom”, avalia, lembrando que o formato tem suas pecularidades. “Devo respeitar o público e a orquestra”, conclui Elba Ramalho.

ELBA RAMALHO E ORQUESTRA SINFÔNICA ARTE VIVA
Sábado, às 19h. Praça da Estação, Centro. Entrada franca.


Foto: Sylvio Coutinho/Divulgação

Fab Four na praça
Prestes a embarcar para Los Angeles (EUA) – onde vai gravar participação na trilha sonora de Rio 2, a nova animação de Carlos Saldanha –, o grupo Uakti levará o repertório dos Beatles para a Virada Cultural de Belo Horizonte.

Lançado no ano passado, o disco Uakti Beatles vem chamando a atenção de público e crítica pela pérolas do quarteto de Liverpool na interpretação sui generis dos mineiros, que constroem seus instrumentos com tubos de PVC, cabaças e tambores d’água.

Criados por Marco Antônio Guimarães com o auxílio de Artur Andrés, Paulo Santos e Décio Ramos, o instrumental do Uakti atrai a atenção internacional por sua peculiaridade.

“A oportunidade de atingir um público diferente daquele que nos acompanha nos teatros é ótima”, comemora o percussionista Paulo Santos. De acordo com ele, a plateia é sempre parceira importante nas praças. Principalmente na hora de tocar clássicos como Get back, Julia, Lucy in the sky with diamonds e Come together.

UAKTI
Sábado, às 20h. Praça Floriano Peixoto,
Bairro Santa Efigênia. Entrada franca.

Clique a veja a programação completa

CONFIRA DESTAQUES DA VIRADA CULTURAL (Clique sobre a imagem para ampliá-la):


Fonte: Caderno Divirta-se, jornal Estado de Minas, 13/09/2013.