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Há mais 26 anos , apresento um programa de rádio intitulado "Canta Minas", na rádio Aranãs FM, de Capelinha MG, com enfoque para a música mineira em todas suas vertentes. Sempre fui apaixonado por música e rádio. Assim sendo, tomei a iniciativa de criar este blog com a finalidade de divagar um pouco sobre as minhas impressões durante os mais de 20 anos de programa. Além da música também sou apaixonado por História e Literatura. Aqui, publicarei crônicas, causos e outras lorotas a respeito de tudo que tenho vivido nesse pedaço de chão que é o Vale do Jequitinhonha. E como não pode deixar de ser, também escrevo sobre a minha querida terra natal, Corinto, e outras vivências pelo mundo afora que me ajudaram a construir uma história de gente comum, sem heroísmos, no entanto carregada pelos "sinais de humanidade"!!! Abraços Gerais!!!

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

FOLCLORE DE CAPELINHA: A LENDA DA MULHER GIGANTE

No próximo dia 22 de agosto, sexta-feira, comemora-se o Dia do Folclore. E para comemorarmos, esta semana eu publicarei diversos causos e lendas da cidade de Capelinha. Vai aí o primeiro causo: 


A LENDA DA MULHER GIGANTE

Conta-se que, há muitos anos, em uma noite, a lua iluminava francamente as desertas ruas de Capelinha, quando uma viúva andava com suas três filhas,voltando de uma visita a um doente. Já passava da meia-noite. Iam em direção à sua casa, que ficava na rua Dr. Juscelino Barbosa, defronte onde é hoje o salão paroquial.

Andavam apressadas, pois já era muito tarde.

A noite estava fria e muitas corujas piavam lá pelas bandas da várzea, que é como se chamava a rua Governador Valadares. As mulheres andavam juntas uma às outras e, no meio da noite, ouvia-se o toc... toc... toc... dos seus sapatos de encontro às pedras do caminho.

Estavam já próximas à casa onde moravam. Passavam agora diante de uma rua bem estreita e sombreada pelas árvores que se balançavam ao sopro gelado do vento. Ao lado, ficava uma casa muito antiga, hoje reconstruída, onde mora o Sr. Gerson Martins.

A noite ia alta. De repente, a viúva e suas filhas ouviram um forte ruído: chep... chep... chep... 

Que barulho seria aquele?

Nossa! Próximo à casa antiga, estava o vulto de uma mulher enorme, de aproximadamente dois metros de altura, saia até os pés,lenço branco na cabeça e braços cruzados sobre o peito. Andava vagarosamente. Tomou a direção do beco e agora passava pelas árvores.

As mulheres, pasmadas pelo medo, perderam a voz. Agarravam-se umas às outras, com espanto e, trêmulas, apontavam para o vulto que desaparecia na imensidão da noite.

Hoje, pergunta-se de onde teria saído aquela Mulher Gigante, que vagava pela noite a dentro e enchera de terror a viúva e as filhas?

Fonte: Setor de Patrimônio Cultural de Capelinha.